Perfil: Luciano Correia dos Reis

Luciano com a sua esposa Angélica
(Foto: Arquivo Pessoal / Luciano C. dos Reis)
34 anos, filho de José Felipe dos Reis (Zezinho) e Janecélia Correia dos Reis, casado com Angélica Maria da Silva Reis, pais de Scarlat da Silva Reis e Kelvin Luciano da Silva Reis.

É com grande satisfação que a coluna Gente Nossa Gente apresenta Luciano Correia dos Reis aos leitores do Portal Realeza. Para muitos ele não é um rosto desconhecido, pois sua face aparece constantemente nos muitos órgãos de informações das diversas cidades da Zona da Mata Mineira. Para aqueles que apenas estão acostumados a vê-lo fardado, Luciano é mais conhecido como o Capitão Reis, Comandante da 72ª Cia da Polícia Militar de Minas Gerais, sediada em Manhuaçu, unidade responsável pelo policiamento ostensivo em 12 cidades de duas Comarcas. Mas em Realeza, sua comunidade natal, o capitão é conhecido pelos seus amigos carinhosamente apenas como Luciano, o filho do Zezinho e da Jane.
Para aqueles que o viram crescer em Realeza, não é nenhuma novidade sua imagem estar relacionada à de um homem de postura íntegra, que é um exemplo para a corporação que representa. Todos que acompanham sua trajetória de vida sabiam que ele teria um futuro vitorioso pela frente.Seus pais, pessoas simples, porém dignas e muito queridas na localidade, souberam criá-lo e aos seus irmãos dosando carinho enquanto os preparavam para que se tornassem adultos responsáveis.
A entrevista a seguir apresentará trechos de sua vida que poderá surpreender a muitos que o enxergam apenas como o oficial zeloso e exigente, quase esquecendo que sob a farda de capitão se encontra um filho dedicado, marido amoroso, pai presente e um braço direito para os verdadeiros amigos.

Portal Realeza - Fale um pouco de sua infância em Realeza.
Luciano - “Tive uma infância muito feliz, onde brinquei bastante, seja nas matas do campo de futebol de Realeza (Estádio da Floresta, nome dado pelo meu pai, rsrsrsrs), onde brincávamos o dia inteiro de Polícia X Ladrão, seja rodando arquinho, jogando bola de gude, futebol, andando de bicicleta, uma Monareta feia tadinha, ou até mesmo empurrando pneus, brincadeiras que talvez a criançada nem conheça.
Confesso algumas travessuras, como tocar a campainha das casas de algumas pessoas ou colocar bombinhas no rabo de algum gato, mas, tudo era bastante pueril, sem maldades. Tempo bom !!!
O que tenho mais saudades são os tempos “perdidos” no antigo Acampamento do DNER (atual DNIT), onde minha avó Ana morava. Como era maravilhoso ficar na casa dela e estudar no grupinho, onde hoje é a quadra de Futsal de Realeza.
Dividia o tempo das brincadeiras, com os estudos e ajudando meu pai no barzinho. Sempre gostei de estudar e aprender. Sempre fui admirado pelos professores, pela criatividade e respeito a eles.
Estudei na Escola Estadual Dr. Eloy Werner, até a antiga 8ª série. Agradeço a todos os professores. Seria injusto citar os nomes deles, pois todos foram importantes em minha vida”.

PR - Qual a sua afinidade com o lugar?
L - “Gosto muito de Realeza e nunca neguei minhas origens. Quando perguntam de onde sou, sempre respondo que sou de Realeza, Distrito de Manhuaçu. Sempre quando posso estou na casa de meus pais, que são a base de minha vida. Deus foi maravilhoso ao me permitir ser de uma família tão maravilhosa.
Sempre quando tenho que tomar uma decisão, levo em conta o que será melhor para a comunidade de Realeza”.

PR - O que o motivou a seguir a carreira militar?
L - “Nunca quis ser Policial Militar, aliás, nem conhecia direito a carreira Militar. Fui estudar no Colégio Tiradentes da Polícia Militar motivado pelo Jean Max, um amigo na adolescência. No Colégio que passei a ter contato com Militares e conheci o Curso de Formação de Oficiais (CFO) da PMMG. Então no ano de 1993 fiz a prova do CFO e fui aprovado, contudo, fui desclassificado na fase do exame psicológico.
Na época desisti de um vestibular na Universidade Federal de Viçosa, para tentar o CFO, pois a data da prova coincidia.
Não passei no CFO e iria estudar para outro vestibular foi quando meu Pai insistiu para que eu fizesse o Curso de Formação de Soldados da PMMG. No início não queria nem ouvir falar no curso de Soldados, mas de tanta insistência do Zezinho acabei fazendo a prova, onde passei em primeiro lugar no concurso. Ao final de 09 meses concluí o curso também em primeiro lugar.
No período de 1995 a 1998 fiz o Curso de Formação de Oficiais, sendo aprovado em 5º lugar. Depois fiz o exame pré requisito à promoção a Capitão da PM, sendo aprovado em 1º lugar. Em 2006 fui promovido ao posto de Capitão da PM.
O maior motivador foi meu Pai, depois vem o Capitão Rômulo, Tio Rominho, ex vereador de Manhuaçu.
Hoje comando a 72ª Cia da Polícia Militar, Unidade responsável pelo policiamento ostensivo de 12 municípios. Tenho a responsabilidade de gerir aproximadamente 200 PM. Devo tudo a Deus e a minha família”.

PR - Teria uma palavra de incentivo aos jovens?
L - “Os jovens têm que estudar, dá para conciliar a diversão com o estudo. Um não atrapalha o outro. Os jovens devem respeitar os pais, professores e os mais velhos, que sempre têm algo a nos ensinar.
Hoje, diferentemente do meu tempo, a vida é mais difícil para o jovem. Há a tentação para a entrada no mundo das drogas. Na minha profissão convivo muito com jovens bonitos, com o futuro brilhante pela frente, que se enveredaram pelo uso de drogas ilícitas e estão sem quaisquer perspectivas de vida.
É preciso vencer as drogas.
É preciso vencer o comodismo.
É preciso vencer o preconceito.
É preciso ter gana e vontade de vencer.
Vim de uma família humilde, que me deu amor, carinho e oportunidade. O jovem tem que ter paciência, pois as boas novas de Deus, em nossa vida, o seu projeto para nós, vem em longo prazo.
Tem uma passagem no filme “Desafiando gigantes”, onde o personagem fala que: “é preciso arar a terra, para depois orarmos a Deus e pedirmos a chuva”, ou seja, é necessário que façamos a nossa parte e tenhamos fé em Deus.
Àqueles que desejam seguir a carreira Policial Militar estudem bastante. A Instituição permiti a todos os seus integrantes a galgarem os postos e graduações, bastando sermos honestos, trabalhadores e estudiosos”.

PR - Quais os planos para o futuro?
L - “Os meus planos para o futuro são amar minha família; ter condições de educar meus filhos, assim como fui educado por meus pais; ter a alegria e satisfação de vê-los seguir por caminhos abençoados por Deus e deixar que nosso bom Pai do Céu me conduza na carreira Policial Militar. Assim, TUDO chegará naturalmente”.

Mini Álbum:

O paizão com a gatinha Scarlat
(Foto: Arquivo Pessoal / Luciano C. dos Reis)
Com seu caçula, o garotão Kelvin Luciano
(Foto: Arquivo Pessoal / Luciano C. dos Reis)
Luciano num momento de descontração com a mãe Jane
(Foto: Arquivo Pessoal / Luciano C. dos Reis)
Ao lado de seu pai, o nosso querido Zezinho
(Foto: Arquivo Pessoal / Luciano C. dos Reis)

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